Vacina de HPV

Vacina de HPV
// A DOENÇA

A infecção pelo HPV é a doença sexualmente transmissível mais comum atualmente. Esse grupo de vírus inclui mais de 100 tipos diferentes, dos quais mais de 30 são transmissíveis por via sexual, podendo causar lesões genitais tanto em mulheres como em homens.

Dos tipos que produzem infecções genitais, há dois grandes grupos. O grupo  de alto risco abrange os tipos que podem levar a alterações citológicas, reconhecidas no exame de Papanicolau, e evoluir para câncer de colo de útero e de outras regiões do trato genital. Já o grupo de baixo risco inclui as variantes que produzem alterações celulares discretas e verrugas genitais. Em geral, estas lesões não estão associadas à evolução maligna.

 

As lesões relacionadas ao HPV ocorrem em áreas como vulva, vagina, colo uterino, região perianal, reto e diferentes regiões do pênis.

Estima-se que 50% dos homens e mulheres sexualmente ativos vão adquirir o vírus em algum momento de suas vidas. Como a maioria dos infectados apresenta pouco ou nenhum sintoma, grande parte não sabe que porta o vírus.

Sabe-se que alguns meses depois da infecção, em geral ocorre a eliminação natural do vírus, de modo que 90% das mulheres infectadas estarão livres do vírus após dois anos.

// A Vacina

A sonolayer oferece dois tipos de vacina contra o HPV, a bivalente e a quadrivalente. A vacina quadrivalente reduz o risco de infecção causada por quatro subtipos do HPV (6, 11, 16 e 18). Dois deles (6 e 11) estão relacionados a 90% das verrugas genitais. Os outros dois (16 e 18) estão implicados como causa de 70% dos cânceres de colo de útero. Esta vacina, inicialmente recomendada  somente para mulheres de 9 a 26 anos, foi recentemente liberada para indivíduos do sexo masculino na mesma faixa etária. A vacina bivalente é indicada para a prevenção de infecção causada pelos subtipos 16 e 18 e é aplicada somente em mulheres de 10 a 25 anos.

Embora as vacinas não contenham o vírus vivo, excluindo o risco de trasmissão, ainda não estão liberadas para gestantes, por não existirem estudos que validem a aplicação segura nessa população. Caso uma mulher que tenha recebido uma das vacinas descubra que está grávida, deverá aguardar até o fim da gestação para complementar o esquema vacinal.

Ainda que o ideal seja a administração da vacina para pré-adolescentes, antes do início da vida sexual, quando são maiores as chances de prevenir a infecção antes da exposição, também existe benefício para pessoas que já têm vida sexual ativa. Para essas últimas, não é necessária a coleta de exame específico para comprovar a ausência de infecção por HPV antes da aplicação da vacina.

As vacinas atuais são de uso exclusivamente preventivo, não tendo nenhum papel no tratamento de lesões genitais ou na eliminação de infecções pelo HPV prévias.

O esquema vacinal de ambas as formulações preconiza a aplicação de três doses. Para a quadrivalente a segunda dose deve ser aplicada dois meses após a primeira e a terceira, quatrio meses após a segunda. Para a bivalente, esses intervalos são de um e cinco meses, respectivamente.

Devido à falta de estudos de longo prazo, recomenda-se seguir o calendário vacinal o mais próximo possível das datas preconizadas. Contudo, havendo atraso de alguns dias ou semanas, não haverá perda do efeito das vacinas, e não será necessário repetir doses já realizadas.

Os efeitos colaterais mais comuns são: dor no local de aplicação, febre, dores musculares e mal-estar geral. Há relatos esporádicos de síncopes após a aplicação da vacina. Embora este sintoma não pareça ter relação direta com a vacina do HPV, qualquer efeito colateral deve ser reportado ao médico.

Segundo o infectologista e assessor médico em Vacinação da Sonolayer, as vacinas contra o HPV conferem uma imunidade de praticamente 100% contra as evoluções malignas causadas pelos subtipos do vírus relacionados com o câncer feminino.